quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Já dizia a minha Avó "quem tem boca vai à Roma"

A Avó diz que a comunicar, a falar é que a "gente" se entende. 
Diz que quem conseguir comunicar, expressar, falar consegue ir a muito lado.
"Quem tem boca vai a Roma" dizia a minha Avó.
Dizia-me que devo comunicar para conseguir atingir os meus objectivos, para chegar onde quero, para obter o que precisa, para ir a Roma.
Dizia-me que devo perguntar sem ter medo de errar, devo falar mesmo que me engane.
Dizia-me que só comunicando, é que atinjo o que mais quero.
A Avó diz-me que "ir a Roma", "chegar a Roma" é a ampliar, a metáfora do chegar ao desejado, ao ambicionado, à felicidade, ao objectivo.
A Avó diz-me que para "chegar a Roma" terei de enfrentar muitos obstáculos. Por vezes, dizia a minha Avó, posso perder-me, posso não saber o caminho.
Por vezes, dizia a minha Avó, posso não saber onde quer chegar, a que zona, a que local.
Por vezes, dizia a minha Avó, posso querer voltar atrás, posso ter saudades do passado.
Por vezes, dizia a minha Avó, posso meter-me em atalhos e em trabalhos.
Por vezes, dizia a minha Avó, posso acertar em todos os buracos, não conseguir avançar, bloquear.
Por vezes, dizia a minha Avó, posso perder todas as minhas forças.
Contudo, diz a minha Avó, com persistência, paciência e com "boca" a "Roma" fica mais perto, mais fácil de alcançar.
A Avó anda todos os dias mais um bocadinho para "chegar a Roma".
A Avó diz que já lá chegou algumas vezes.
A Avó diz que vou passar toda a vida a lá chegar, a atingir objectivos. Mas, que depois vou ter mais metas, mais ideias, mais ambições. Depois, vou querer voltar a "Roma".
A Avó está a ir. A Avó está-me a ajudar a ir.
A Avó ensinou-me o caminho. Ensinou-me os  buracos que não devia pisar.
Agora é ir.
Agora é tentar.
Agora é confiar nas sábias palavras da Avós, das Avós.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Tentar é meio caminho andado para conseguir

A Avó diz que quem espera quase sempre alcança. 
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E que o mais importante é tentar.
Tentar e não desistir.
Continuar a insistir.
Continuar a persistir nos sonhos, nas ambições, nos objectivos.
Não desistir mesmo que doa. Mesmo que o coração já não aguente outra desilusão.
Tentar é meio caminho para conseguir diz a minha Avó.
Conta-me que se não insistirmos, se não tentar, não conseguimos.
Porque desde que me lembro, que a Avó me ensinou, que nada cai do céu.
A Avó diz que as coisas se conseguem com trabalho, com insistência.
A Avó diz que as coisas se conseguem não baixando os braços.
A Avó diz que as coisas se conseguem com Força.
Força. Dizia a minha Avó.
Força para enfrentar os buracos no caminho da vida, os momentos menos bons, os tempos mais tempestuosos.
Tentar é meio caminho andando para conseguir.
Tentar é meio caminho andando para atingir.
Tentar é meio caminho andando para realizar.
A Avó diz que mesmo que tente duas, três ou mais vezes e que não consiga, devo tentar novamente.
A Avó diz-me para tentar sempre alcançar coisas boas.
A Avó diz-me que não me posso esquecer que sem esforço, sem tentativas, não se chega à recta da felicidade. 
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Que passa ser feliz, para me sentir realizado, para sorrir de orelha a orelha, tenho de tentar.
A Avó tenta todos os dias.
Tenta ter forças para se levantar da cama.
Tenta ter forças para andar melhor.
Tenta ter forças para ter força.
E consegue.
A Avó também caí. Também tem momentos menos bons. Mas não desiste.
E é essa fibra da Avó, essa Força, essa vontade que me inspira. Que me dá força para tentar :)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Já dizia a minha Avó "faz o bem sem olhar a quem"

A Avó já me diz desde que me lembro para fazer o bem. 
Para fazer o bem mesmo a quem não merece.
Mesmo a quem não me quer bem.
A Avó sempre disse "faz o bem sem olhar a quem".
Disse para fazer o bem a toda a gente.
Sem olhar.
Sem discriminar.
Sem pensar duas vezes.
Disse para ser boa para os outros.
Que se fizer o bem, o bem irá voltar para mim.
Ensinou-me a Avó a fazer boas-ações e tal como ela acredito que se nós deixarmos a nossa pegada no mundo ele vai ser melhor.
Acredito que se todos fizermos um pouco de bem, o mundo vai ser melhor.
Acredito que se ajudarmos o próximo, plantarmos uma árvore, alimentarmos animais vadios, dermos Amor, Carinho e sobretudo sermos Solidários que o mundo vai ser um lugar melhor.
As pessoas são como os malquereres, uns querem nos mal outros queres nos bem.
Uns, são como a Avó, dão-nos o que têm e o que não têm.
Uns, são como as Avós, dão-nos tudo o que a vida lhes deu, dão-nos a vida.
Mas, independentemente, do bem ou do mal que nos queiram, a Avó diz que quem decide o que nós somos, somos nós próprios.
Quem decide a nossa caminhada, o nosso passo e o trilho que vamos seguir somos nós.
E por isso devemos tentar fazer o bem.
Fazer bem a quem Amamos, a quem não gostamos, a  quem não conhecemos.
Dar o Bem. Transmiti-lo. Diz a minha Avó.
Espero que consiga recuperar a caminhada dela, o seu passo e o seu trilho, porque aí estarei a recuperar o Bem, estarei a pisar o Bom e a andar pelo mais Correcto.
Obrigada Avós. Obrigada a todos as Avós.
Obrigada a todos os que acreditam que o mundo pode vir a ser um lugar melhor, como nós.
Obrigada a todos os que fazem o Bem.
Obrigada a todos os que tornam a nossa casa num sítio melhor.
Obrigada a todos que me fazem dizer "And I think to myself .....what a wonderful world" (Louis Armstrong).

domingo, 27 de outubro de 2013

Domingos com a (outra) Avó 2

Relembrando tempos passados. 
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Falando da Juventude.
Foi o Domingo com a Avó.
Contou que quando era mais nova decorava textos e textos na escola.
Contou que até a linha dos textos sabia.
Contou.
Relatou.
Sorriu.
Relembrou.
A Avó falou sobre o seu trabalho sempre com o orgulho da profissão espelhado no rosto.
A Avó falou sobre a felicidade.
A Avó hoje ensinou-me a relembrar, a ter as boas memórias sempre presentes.
Disse-me que gosta de ter tudo para recordar o que vivera.
A Avó mostrou-me que nós também somos as marcas que deixamos no passado.
Também somos as marcas que o passado nos deixou.
Também somos feitos de recordações, de memórias esquecidas. De conquistas perdidas, de derrotas e de vitórias alcançadas.
Também somos o conjunto dos momentos maus e bons que vivemos.
A Avó mostrou-me as marcas da história, que a história lhe deixou, que ela deixou à história.
A Avó mostrou-me que recordar também pode ser viver. Viver outros tempos, outras vontades, outras vidas.
Viver o dia em que fomos isto ou aquilo, em que fomos tristes ou felizes, em que gostámos ou não, em que algo ou alguém nos marcou.
E apesar de dizerem que o tempo cura tudo, o tempo não apaga a linha da vida, as pisadelas na terra, as marcas no rosto.
E as rugas da Avó são o tempo que passou. São as recordações. São o coração cheio de memórias. São a glória dos anos. 
As rugas da Avó são o presente da vida.
Hoje, domingo, a lição da Avó foi: Recordar.
E eu da Avó não me esqueço, nem me esquecerei.
E eu com a Avó aprendo e aprendi a Recordar, a Lembrar, a não esquercer.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A Avó e os dias de chuva

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A Avó e os dias de chuva é a mesma.
A Avó caminha lentamente na mesma.
A Avó só usa o guarda-chuva às vezes.
A Avó sorri.
A Avó anda atarefada.
A Avó é a Avó.
Queixa-se do tempo. Diz que vai chover mais.
Mas não se importa ou chateia.
A Avó fica a ver televisão.
A ler.
A fazer companhia ao Avô.
A Avó fica em sossego.
A olhar a chuva.
A Avó não tenta correr para não se molhar. A Avó segue a sua vida normalmente.
A Avó quando lhe digo que está a chover muito, diz que a noite também choveu, que amanhã vai chover mais.
Diz que chover é preciso.
Diz que os dias de chuva são bonitos como os outros.
Diz que os dias de chuva são até os mais especiais porque só nesses dias é que pode aparecer o arco-íris.
Diz que os dias de chuva são poesia pura, são o choro das nuvens e a alegrias da terra.
Diz que os dias de chuva são dias para pensar, reflectir.
Diz que os dias de chuva nos mostram que na vida tudo é possível, que um dia pode estar mau com muita chuva e o outro dia estar óptimo com o sol a raiar.
O estado do tempo é a metáfora do estado da vida, diz a Avó. Porque tal como a vida pode estar menos
boa ou boa, o tempo também.
A Avó gosta de chuva.
A Avó gosta de ouvir a chuva, de sentir.

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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Já dizia a minha Avó "quem tudo quer, tudo perde"

A Avó diz que quem quer tudo, acaba por perder tudo. 
Diz que quando queremos tudo acabamos por não ficar com nada. Quando queremos o sol e a lua ao mesmo tempo, quando queremos ter poupar mas ter tecnologia de ponta, quando queremos ter dois amores.
A Avó diz que quem tudo quer, tudo perder. Dizendo que não podemos agradar a gregos e a troianos e que por isso o tudo não podemos ter.
A Avó diz que mesmo quem tudo pode ter, acaba por ficar iludido com o poder "ter" e não consegue.
A Avó diz que devemos dar valor aquilo que temos, à nossa casa, à nossa família, ao nosso amor, à nossa amizade, à nossa vida.
Fala-me que devo dar valor a tudo o que tenho mesmo que não seja o que desejo. Fala-me que devo fazer os possíveis para obter o que mais quero, mas que a ambição nunca deve ser desmedida e devo ter noção daquilo que quero e daquilo que posso ter.
A Avó gosta de ser racional e diz que percebeu ao longo da vida que não podemos querer ter tudo.
Até podemos querer ter, mas devemos ter a noção das consequências da nossa ambição, do nosso desejo, dos nossos anseios.
A Avó acha que devemos preservar tudo o que a vida nos dá, nos deu e nos vai proporcionar. 
Que as pessoas boas e as oportunidades que nos surgem na vida devem ser valorizadas. Porque nem as pessoas certas, nem as melhores oportunidades surgem de um dia para o outro.
"Quem tudo quer, tudo perde", já dizia a minha Avó, ainda diz e vai continuar a dizer.
"Quem tudo quer, tudo perde", conta a minha Avó, dizendo que só quer o bem dos seus netos, porque eles são o tudo que ela já tem.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Uma Avó grande e eu pequenina 2

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A Avó sempre me acompanhou desde pequenina.
A Avó sempre me deu colo, sempre me apoiou.
Desde pequenina que sempre tive a minha Avó a ensinar-me, a ajudar-me.
Ter uma Avó é mais que ter alguém que nos Ama, que nos apoia, que nos pertence.
Ter uma Avó é ter uma segunda mãe.
Eu lembro-me que a Avó M. adorava cantar comigo. Cantávamos em casa e nas viagens de carro. Cantávamos "a árvore da floresta", "o meu chapéu tem três bicos" e muitas mais.
Cantávamos e passeávamos de carro aos domingos devagarinho com o mano e o Avô.
Lembro-me que a Avó me deixa deitar tarde. Passávamos os serões a ver televisão e a Avó descascava-me maçãs ou pêssegos.
A Avó gostava também de ver filmes de desenhos animados. Víamos dois ou três seguidos e Avó acabava por ter de ir fazer o jantar.
A Avó também me deixava fazer "cidades" para os bonecos. Dava-me espaço. Deixava-me imaginar. Brincar.
Ela adorava fazer malhas ou renda e até na praia se ocupava com a costura.
Ela adorava "comer" os inúmeros pratos de areia que eu fazia na praia. Brincávamos aos restaurantes.
Mas, o que a Avó mais gostava era das minhas prendas da praia, das conchas e dos búzios.
Eu ia, andava e andava de mão dada com o Avô. Percorríamos a praia de bandeira a bandeira, apanhávamos conchas, pedras e búzios. Umas para mim e outras para a Avô.
E éramos felizes brincando, passeando, dando prendas.
A Avó ensinava-me e eu tentava aprender.
A Avó mostrava-me o bom. Dizia-me o que era mau.
A Avó dava-me colo e dormia comigo.
A Avó era minha cúmplice para pregar partidas ao Avô. E nós adorávamos e adoramos.
A minha Avó é especial aqui, ali ou na Lua.
E a minha Avó.
A minha professora, a mestre, a sábia.

Obrigada as Duas Grandes Avós que tenho, Obrigada por me fazerem ser quem sou e Obrigada por me fazerem querer quem vocês são.

domingo, 20 de outubro de 2013

Domingos com a Avó

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Hoje a Avó contou-me a história do Rei e do seu criado. 
Disse que o rei e o criado foram caçar e que se perderam. Como não conseguiram voltar a casa e tinham muita fome, o criado fez uma fogueira e assou o coelho sem qualquer tempero ou preparação. O Rei adoro. E quando regressaram ao Castelo, o Rei pediu ao criado para fazer o coelho tal como no dia em que se tinham perdido. O criado fez e o Rei detestou e não comeu.
A Avó contou-me a história dizendo que a fome faz-nos gostar de tudo. Que quem tem pouco não precisa de muito para ser feliz.
A Avó disse que quando se perde tudo o pouco é muito.
E eu lembrei-me o que ela me ensinou sobre a humildade. O que ela me ensinou sobre a humildade ser um dos valores mais valiosos.
Lembrei-me que ser humilde e não se sentir superior aos outros é ser bom.
Lembrei-me no Rei que queria pouco quando estava perdido e era humildade, mas que no seu trono já tudo queria e a humildade perdeu-se.
Lembrei-me que devemos preservar os valores que temos, os valores que nos ensinam, os que valores que a Avó nos ensina.
E a Avó ensinou-me a ser o Rei perdido.

sábado, 19 de outubro de 2013

Já dizia a minha Avó "há males que vêm por bem"


"Há males que vêm por bem", diz a minha Avó. 
Sempre me disse isso.
Quando não tinha um dia bom, a Avó dizia-me.
Quando a escola não corria bem, a Avó dizia-me.
Quando estava triste, a Avó dizia-me "há males que vêm por bem".
A Avó sempre disse que quem é bom o bom terá - como já falei anteriormente.
A Avó sempre disse que "depois da tempestade vem a bonança".
E diz-me ainda para não desanimar com os males da vida, para não perder a casa porque "há males que vêm por bem".
Diz-me que o arco-íris só aparece se houver Sol e Chuva. 
E o arco-íris é o mal que vem por bem. É o equilíbrio da vida, a metáfora da junção entre o mau e bom.
Esse mal diz a Avó nunca é o "fim" do dia ou o fim da guerra.
Esse mal diz a Avó é a forma do mundo nos dar mais força.
Esse mal acaba sempre por se render ao Bem.
"Há males que vêm por bem", diz a minha Avó.
Podemos estar atrasados para algo importante e acabarmos por encontrar o amor da nossa vida.
Podemos estar desanimados e recebermos um enorme sorriso de quem mais amamos.
Podemos estar com vontade de desistir e ter um voz a dar-nos a oportunidade que queríamos.
As Avós têm o dom de ver o bem em tudo, de pensar positivo e acreditar num mundo melhor para os seus netos.
As Avós sabem que muitos males vêm por bem e que não devemos desanimar à primeira, à segunda, à terceira...
As Avós dão-nos força e fazem-nos acreditar no Arco-Íris da Vida :)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O que a Avó me ensinou sobre "Ser Feliz"


A Avó ensinou-me que a Felicidade é o segredo para uma boa. 
Que a Felicidade é acordar a sorrir, deitar a sorrir, sorrir.
Que a Felicidade é ter alguém que Amamos ao nosso lado, a aquecer-nos os pés e a dar-nos a mão.
Que a Felicidade é ter alguém que nos aconselha.
Que a Felicidade é ter Amigos, é ter companheiros para a vida.
A Avó ensinou-me que ser Feliz é realizar Sonhos.
É cumprir objetivos.
É obter realização profissional.
É ter aquela pequena coisa que gostamos.
A Avó explicou-me que a Felicidade se ganha nas pequenas coisas da vida.
No ronronar dos gatos. No olhar dos cães.
Na vitória do nosso clube de futebol.
No pequeno-almoço especial.
Na nossa comida preferida.
No Bom-dia de um estranho.
A Avó diz que a Felicidade pode ser um passeio. Um percurso que percorremos ao longo da nossa vida com paisagens bonitas, cheiro a natureza e com pedras e buracos no caminho.
A Avó diz que ser feliz é tirar prazer dos momentos. 
Dos momentos especiais que só acontecem uma vez da vida.
Dos momentos em que lemos um livro que gostamos.
Dos momentos em que vemos um filme de eleição.
Dos momentos em que cozinhámos para quem gostamos.
Dos momentos em que tiramos fotografias para eternizar os segundos.
Dos momentos em que ouvimos as nossas músicas preferidas.
A minha Avó ensinou-me que ser Feliz também é sentir.
Sentir o coração a bater forte.
Sentir o respirar fundo.
Sentir a pele a arrepiar.
Sentir as mãos a tremer.
A Felicidade para a Avó é ter Paz, ter a cabeça no lugar, ter Amor.
A Felicidade para a Avó é efémera. Porque se um dia pode torna-nos felizes para sempre um segundo pode tirar-nos isso.
Por isso, a Avó diz-me que ser Feliz é viver no presente, no momento, é olhar a vida como se tudo fossem sorrisos e sonhos cor-de-rosa.
A Avó diz-me que ser Feliz é celebrar a vida: Amar, Concretizar, Apaixonar,  Juntar, Partilhar.
A Avó diz-me que posso ser Feliz toda a vida se a viver positivamente, se acreditar num mundo melhor, se der mais valor ao positivo do que ao negativo.
A Avó diz-me que posso ser Feliz para Sempre.
A Avó faz-me feliz. Faz-me sorrir. Faz-me saber viver. Faz-me conseguir.
A Avó é o sinónimo da Felicidade.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Já dizia a minha Avó "quem diz o que quer, ouve o que não quer"

Já dizia a minha Avó que não devemos dizer tudo o que queremos. 
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Já dizia a minha Avó que não devemos falar sem pensar.
A Avó dizia também que se dissermos o que queremos, podemos ouvir o que não queremos.
Falar sem ter tento na língua. 
Falar sem pensar.
Falar sem respeitar.
Falar o que queremos. 
Pode fazer-nos ouvir o que não queremos, diz a Avó.
A Avó acha que apesar das palavras não serem tudo, apesar do vento as levar, temos que ter cuidado com o que dizemos.
A Avó diz que as palavras também magoam. Que as palavras também nos fazem sentir mal. Que as palavras também chegam ao coração.
A Avó diz que quem fala sem pensar, se sujeita a ouvir palavras ásperas, frias, palavras que não quer ouvir.
"Quem diz o que quer" pode ser sincero, pode ser corajoso, mas pode dizer o que não devia - contou-me a Avó.
"Ouve o que não quer" pode ouvir palavras doces, mas também pode ouvir palavras menos boas ou pode ouvir o que não queria - contou-me também.
Contava-me a Avó que muitas pessoas se zangam por palavras, que muitos se ficam a odiar, que muitos levam as palavras a peito.
Contava-me, a Avó, que muitas pessoas se gostam por palavras, se amam, que muitos precisam de ouvir para perceber o Amor, o Carinho, a Amizade.
Dizia ainda, a Avó, que muitas vezes já ouviu o que não queria. E por isso aprendendo a não dizer o que queria, a pensar antes de falar, a tentar pensar no outro. 
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Contudo, dizia a Avó, já ouviu palavras belas, que fazem bem, que fazem florir.
A Avó nasceu para ser conselheira. Nasceu para explicar a vida aos seus netos. A Avó, todas as Avós, nasceram para nos fazerem melhores, melhores falantes, melhores ouvintes.
"Neta", dizia a minha Avó. Ensinando-me a falar o que penso, mas a pensar o que falo.
Ensinando-me a aprender a ouvir o que não quero ouvir. E a ter cuidado com o que não quero falar.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Já dizia a minha Avó "os cães ladram e a caravana passa"

A Avó costuma dizer que "os cães ladram e a caravana passa".
A Avó costuma dizer que por falarem mal ou bem, a caravana não pára. 
A Avó costuma dizer que por falarem mal ou bem, a vida não pode parar.
A Avó costuma dizer que devemos ser a "caravana" que deixa os cães ladrarem.
"Os cães ladram e a caravana passa" e a vida continua.
Já dizia a minha Avó que podem falar, podem tentar parar, podem dizer, maldizer, mas a vida continua, o relógio não pára e o sol brilha.
Já dizia a minha Avó que quem mais fala dos outros tem mais assunto para ser falado.
Já dizia a minha Avó que "vozes de burro não chegam ao céu".
E a Avó ouve o maldizer, ouve as conversas menos boas, ouve o ladrar.
E a Avó não liga ao que ouve, segue caminho, continua.
Porque a Avó me diz que durante toda a vida teve de fazer "ouvidos moucos", teve de ouvir e calar, teve de chorar para dentro, teve de continuar a sorrir.
Porque a Avó me diz que durante a minha vida vou ter de fingir que não oiço ou não sei, que deixar passar.
Porque a Avó diz que não devemos deixar que os outros não façam cair, ir abaixo. E que se isso acontecer devemos chorar para nós, sofrer para dentro, levantar a cabeça e sorrir. Porque, a Avó acredita que sorrir é "meio caminho andado" para a felicidade, para o positivo, para o bom.
A Avó deixa os cães ladrar e a caravana passar.
A Avó deixa continuar.
A Avó não liga ao que dizem.
A Avó liga ao sorriso.
E como a Avó quero eu ser.

domingo, 13 de outubro de 2013

O que a Avó me ensinou sobre os sonhos

"Sonha" diz a minha Avó. 
Sonha, ambiciona, deseja, diz a minha Avó.
Sonhar com o futuro, com a vontade de ser melhor.
Sonhar com o futuro, com os objectivos que queremos atingir.
Sonhar com o futuro, com as nossas ideias, as nossas vontades, as nossas ambições.
Sonhar é imaginar uma outra realidade.
É imaginar o que está para vir.
É imaginar o que gostávamos que acontecesse.
É imaginar outra dimensão da realidade em que tudo é diferente.
É ver-nos, a nós próprios e aos outros, mais gordos, magros, bonitos, inteligentes, pobres ou ricos.
É ver-nos num sítio paradisíaco ou num local que odiamos.
É criar uma nova personagem, ser outra pessoa, não ser.
Sonhar é pensar em algo melhor. Criar novos desejos. Esperar. Ter esperança no dia de amanhã. Querer ter mais.
Sonhar é pensar em algo pior. Dar graças ao que temos. Ter consciência do que fazemos. E melhorar.
Os sonhos, esses, fazem nos ir mais longe, tal como diz a Avó.
Os sonhos fazem-nos acreditar.
Os sonhos fazem-nos ser melhores pessoas.

Os sonhos fazem-nos ter medo dos gigantes que estão a frente dele, dos obstáculos, das consequências.
Mas, são esses mesmos sonhos que nos fazem derrubar os gigantes que se opõem ao longo das nossas vidas.
Mas, como diz a minha Avó são os sonhos que nos fazem levantar, continuar, viver e ser feliz.
Mas, como diz a minha Avó os sonhos são como rascunhos da vida que temos ou queremos ter.
Mas, como diz a minha Avó quem mais sonha, mais alcança. Porque o sonho aquece o coração e dá-nos força para enfrentar os medos e alcançar o que queremos.
A Avó ensinou-me a sonhar.
A Sonhar acordada. A querer. A desejar. A ambicionar.
A Avó ensinou-me a ter sonhos grandes.
A Avó é uma sonhadora.
A Avó sonha com um mundo melhor. A Avó sonha com o melhor para os seus netos. A Avó sonha com o melhor para os seus filhos.
A Avó até em sonhos dá tudo por nós, pelos netos.
A Avó Sonha.
E eu sonho com ela.


E tal como diz António Gedeão, o sonho é uma constante da vida:

"Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer..."

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Já dizia a minha Avó: "Muita parra, pouca uva"

A Avó sempre disse que se houvesse muita parra havia pouca uva. 
A Avó sempre disse que quem mais fala menos faz.
A Avó sempre disse que quem muito se gaba pouco tem para se gabar.
"Muita parra, pouca uva", ou seja muitas palavras e poucas obras.
Já dizia a minha Avó que num tempo de colheita, de vindima, interessa mais a uva que a parra.
Já dizia a minha Avó que interesse mais a obra do que a palavra.
Já dizia a minha Avó que "palavras, leva-as o vento", mas que as acções permanecem no tempo.
A Avó ensinou-me a apanhar os cachos. A aproveitar o que a natureza nos dá.
Disse-me que me ensinava a apanhar os cachos para aprender a colher o que a vida me daria, me dará.
Disse-me que me ensinava a perceber a qualidade da uva, para que pudesse perceber a qualidade do que enfrentaria, enfrentarei.
Disse-me para olhar para a parra. Para perceber se era muita. Para perceber se quando havia muita, havia menos ou mais uvas.
Disse-me que como a parra enfeita a videira e esconde as poucas uvas, muitas pessoas enfeitam o que realmente são, a sua essência. 
Disse-me que muitas pessoas não se mostram e falam mais do que fazem.
A Avó dizia que iria encontrar essas pessoas toda a vida.
A Avó dizia que o importante era lembrar que "muito parra, pouca uva" e que quanto mais "sabem", "são", "têm", mais devo olhar para a parra.
A Avó dizia que devo tentar sempre ver as uvas que a vida me mostra e mostrará.
A Avó dizia que o que está por fora nem sempre é o que está por dentro.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Às vezes é bom mudar

A Avó diz que o mundo não pára. 
A Avó diz que o tempo não espera.
A Avó diz que o não devemos estagnar.
Às vezes, diz a Avó, é melhor mudar.
É melhor criar novas oportunidades.
É melhor experimentar coisas novas.
É melhor mudar.
Mudar.

Mudar uma pequena coisa. Mudar uma coisa pequena.
Mudar de hora. Mudar de roupa. Mudar de cama.
Enfrentar o relógio.
Comprar coisas novas.
Mudar uma coisa média. Mudar uma média coisa.
Mudar de casa. Mudar de escola.
Fazer as malas.
Ter uma mochila nova.
Mudar uma grande coisa. Mudar uma coisa grande.

Mudar de país. Mudar de ideias.
Sair da rotina.
Descobrir o desconhecido.
Andar à deriva num solo onde os pés não pisaram. 
Ter novas opiniões.
Saber outras coisas.
Encontrar ideias novas.
A Avó diz que mudar é algo bom.
Diz que mudar pode ser encontrar a felicidade.
Diz que mudar pode ser encontrar a cara-metade.
Diz que mudar pode ser alcançar o maior sonho.
Mudar pode ser para melhor. Pode ser para conseguir mais. Pode ser para ganhar.
Pode ser para ganhar Amor, Amizade, Carinho, Verdade, Força.
Mudar pode até não fazer parte dos planos. Mas, pode ser bom.
E a Avó diz se é "para mudar que seja para melhor".
E a Avó diz se é para mudar que seja para o lado em que o Sol brilha Mais.

Ditos da Avó: "armar ao pingarelho"

A Avó costuma dizer que há pessoas que têm a "mania".
A Avó que há quem se ache superior, que se sinta melhor que os outros, que tenho "o rei na barriga". 
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A Avó diz muitas vezes "armar ao pingarelho". 
Querendo dizer que essa pessoa se está a "armar", quer ser o centro das atenções, ou até se acha melhor que os outros.
Querendo dizer que quem se "arma ao pingarelho" acha que sabe mais sobre determinado assunto que os outros, ou mesmo sobre tudo.
"Armar ao pingarelho" é quer parecer mais do que realmente é.
É ser melhor na ideia da pessoa.
E a Avó dizia-me isso quando era pequena. Dizia que já tinha a "mania" que sabia e que me estava a "armar em esperta". 
E eu às vezes "armava-me ao pingarelho" e falava como já fosse adulta e senhora de mim.
E a Avó detestava.
A Avó gosta mais de pessoas simples.
A Avó gosta de humildade.
A Avó gosta do Rei que é igual ao plebeu.
A Avó gosta de igualdade.
"Armar-se aos cágados", também diz a Avó.
"Armar-se em carapau de corrida", ainda diz a minha Avó. 
"Armar-se", repete.
Dizendo que todas estas expressões são semelhantes.
Dizendo que há pessoas convencidas, há pessoas que gostam de se exibir.
O problema é que, como diz a Avó, "quem muita fala, pouco acerta" e que por isso quem mais se "acha", menos é.
O problema é que, como diz a Avó, quem se gaba muitas vezes é quem tem menos razões para isso.
O problema é que, como diz a Avó, o mundo está cheio de "carapaus de corrida".
E a Avó detesta.
E a Avó já dizia para ser "simples", para ser humilde.
E as Avós já diziam aos seus netos para serem o que são.
E as Avós dizem.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O que a Avó me ensinou sobre "aproveitar o momento"

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A Avó diz que os momentos são todos únicos. 

Maus ou Bons são todos diferentes, impossíveis de repetir, especiais.
A Avó diz que não há nada como viver o dia-a-dia aproveitando todos os momentos, todos os segundos, todos os minutos, todas as horas.
A Avó diz que os momentos são especiais.
"Aproveita os bons momentos", diz. 
Sorri.
Abraça a vida.
Aproveita.
Os bons momentos devem ser vividos com intensidade. Sem preocupações. Com alegria e amor.
Por outro lado, os maus momentos são igualmente únicos e devem ser encarados como tal. Com coragem. Com determinação. Com vontade de ultrapassar. 
Luta.
Corre.
Vive com emoção.
Diz a Avó sobre os momentos maus. Ou menos bons.
"Aproveita o momento", diz a minha Avó. 
Trata bem quem te ama. Abraça quem gostas. Sonha. 
Não tenhas medo de encarar a realidade. E "Acredita" em ti.
A Avó diz para "aproveitar o momento", para viver o segundo, agarrar o minuto e enfrentar a hora.
Carpie Diem!

Já dizia a minha Avó "O que tem de ser, será"

A Avó diz que se "tem de ser, será". 
A Avó costuma dizer que o que tem de acontecer, acontece.
Diz que se está escrito nas estrelas, vai acontecer. 
Diz que é o Fado. 
O Destino.
A Avó diz que o que tem de ser bom, vai ser bom. E o que tem de ser mau, mau será.
Diz que as estrelas nos guiam o caminho. Que brilham para nos guiar.
Sempre me disse que se tiver de correr bem, por mais ventos e naufrágios, acaba bem. Sempre me disse que os bons terão o bem, mesmo que não seja imediato.
Sempre me disse que se tiver de correr mal, temos de olhar em frente, levantar a cabeça, arregaçar as mangas e lutar. 
"O que tem de ser, será" já dizia a minha Avó. 
Que se tiver de ser hoje, hoje irá ser. Que se tiverem de ficar juntos, juntos ficaram. Que se tivermos de ser felizes, felizes ficaremos.
A minha Avó acredita no destino. Acredita que as estrelas nos guiam. Que a lua nos acompanha. E que o Sol nos ajuda a brilhar.
A minha Avó pensa que devemos lutar por aquilo que conseguimos, que nunca devemos desistir, que devemos tentar. 
A minha Avó acha que a vida se deve viver ao máximo, que devemos sonhar, tentar alcançar o que desejamos.
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A minha Avó acredita no destino. Acredita nas pessoas. Acredita na esperança. Acreditar que querer é poder. 
A Avó acredita que "o que tem de ser, será", mas será se nós deixarmos. Se nós quisermos. Se nós nos colocarmos nessa posição.
A Avó acredita.
A Avó acredita em ventos bons.
A Avó acredita na força da vida.
A Avó dizia-me "o que tem de ser, será".

E como dizem os Deolinda que "Seja Agora":
"Tem de acontecer, porque tem de ser
e o que tem de ser tem muita força

E sei que vai ser, porque tem de ser

Se é pra acontecer, pois que seja agora."


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

1, 2, 3 vou tentar outra vez...

A Avó ensinou-me a tentar uma, duas, três ou mais vezes.
A Avó ensinou-me a contar até três a respirar fundo e a tentar novamente. 
A Avó diz-me "não desistas".
"Não desistas hoje" diz.
"Não desistas amanhã" diz.
"Não desistas nunca", diz.
A Avó quer que eu seja persistente. Que tente. Que repita.
Que erre. Que erre outra vez. Mas que aprenda com os erros.
A Avó quer que eu vá a luta. Que eu dê luta.
A Avó quer que os netos não baixem os braços. Quer que os netos sonhem. 
A Avó quer que os netos digam "não desisto". Mesmo que chorem, que esperneiem, que gritem, que sofram, quer que não desistam.
Porque as Avós já têm no sangue a força das marés, a coragem dos heróis e a persistência dos sábios. Porque as Avós nasceram não tempo em que desistir nem sequer fazia parte do dicionário, em que desistir não era sequer uma opção porque era impossível.
Porque as Avós podem ter dores nas pernas, mas por nós sobem uma escadaria.
Porque as Avós podem ter dificuldades em cozinhar para por nós fazem um banquete.
Porque nós devemos quer ser como as Avós: Persistentes, Corajosos, Bravos.
A Avó diz sempre para tentar as vezes forem necessárias. Diz que quem "espera sempre alcança", mas que esperar não é estar sentado, é tentar.
A Avó quer que os netos digam "1, 2, 3 vou tentar outra vez...". 1, 2, 3 ou mais vezes.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Já dizia a minha Avó: "Amor com Amor se paga"

Quando era pequena a Avó também me contava a fábula da raposa e da cegonha.
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Contava que certo dia a raposa convidou a cegonha para jantar e serviu-a num prato raso, e por isso a cegonha não conseguia comer por causa do seu bico comprido. Mas, a raposa disse-lhe que na sua casa todos comiam assim. Passado um tempo, a cegonha convidou a raposa para jantar e serviu-a em pratos fundos, não lhe permitindo comer. A raposa ficou esfomeada, mas a cegonha disse-lhe que em casa dela todos comiam assim, tal como a raposa lhe tinha dito.
A Moral desta história é "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti", dizia a minha Avó.
A Avó dizia que devemos tratar os outros da maneira que gostamos de ser tratados.
A Avó dizia que se formos pouco atenciosos como a raposa, poderemos vir a passar mal.
A Avó dizia que temos de fazer o bem para atrair o bem.
A Avó diz que "Amor com Amor se paga". Que devemos retribuir o amor que nos dão. Que devemos retribuir a forma de olhar. Que devemos ser como a cegonha e pagar o "amor" com o "amor".
Já dizia a minha Avó que devemos dar amor a quem nos dá amor, dar menos amor a quem não nos dá amor, dar carinho a quem nos dá carinho.  
Amor paga-se com amor, como os outros sentimentos se pagam da mesma forma. Se pagam com o mesmo sentimento.
A Avó diz que devíamos olhar o nosso espelho e ver aquilo que damos aos outros, porque o que lhes damos hoje volta para nós hoje, amanhã, ou daqui a uns anos.
A Avó diz que se todos olharmos para o nosso espelho vamos dar mais amor, mais alegria, mais paixão.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Para as Avós: Dia Mundial do Idoso

A Avó é especial. As Avós são especiais.
E os Avôs também claro.
Como hoje se comemora o Dia Mundial do Idoso gostava de mandar um Abraço a todas as Avós e a todos os Avôs.
E como as Avós são tudo para nós.
Como as Avós não ajudam, protegem, educam.
Como as Avós nos Abraçam. Nos dão colo. Nos dão tudo. Nos dão o que têm e o que não têm.
Espero que todos digam e principalmente transmitam aos Avós o Amor que têm por eles.
Espero que todos ajudem os seus Avós.
Espero que todos respeitem os seus Avós e todos os Avós.
Espero que este dia sirva para reflectir sobre o amor, o carinho, o respeito que damos aos Avós.
E porque ser jovem não é ter pouca idade, um abraço especial para os todos os Idosos.
E porque as Avós fazem muito mais que o Sol, que a Lua e que todos os astros juntos.
Porque os Avós fazem mais que o Sol :)
Obrigada a todos os Avós que nos ensinam, nos amam e nos acompanham aqui, ali ou em qualquer lugar.
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Ditos da Avó: "Queres sol na eira e chuva no nabal"

Chove. Faz Sol.
Chove e faz sol.
E a Avó diz que devemos contentar-nos com o que o tempo nos dá.
A Avó diz sempre, que me queixo com o tempo, que o que eu quero é "sol na eira e chuva no nabal". Tentando explicar-me que só quero o que me convém.
A chuva no nabal para regar e fazer crescer. E o sol na eira para tratar dos cereais.
Querer sol na eira e chuva no nabal é querer duas coisas contraditórias.
Se por um lado queremos que chova quando estamos em casa, por outro gostamos de sol quando andamos na rua.
Se por um lado queremos dinheiro, por outro lado dizemos que não traz felicidade.
Se por um lado queremos arriscar, por outro lado queremos jogar pelo seguro.
Queremos o possível e o impossível. É da natureza humana querer. Ambicionar. Desejar.
Queremos amor, amizade, lealdade. Queremos o que é melhor para nós. Queremos o que é melhor para os que mais amamos. Queremos o que é melhor para os nossos.
E a vida passa.
As contradições continuam.
As regras têm excepções.
Nós queremos tudo e não queremos nada. E queremos o nada e não queremos o tudo.
Gostamos do Sol, mas precisamos da chuva.
Gostamos da chuva, mas louvamos o Sol.
E a Avó diz que podemos querer duas coisas ao mesmo tempo, mas o melhor é esperar e acreditar que podemos ter as duas em separado.
E a Avó diz que um dia posso ter a chuva e o sol - um Arco-Íris :)