sexta-feira, 24 de outubro de 2014

"Acordei e... já sou adulta": Desenrascanço à moda a Avó

(Pensei fazer uma rubrica "Acordei e... já sou adulta" sempre com os conselhos das Avós claro. Aqui
link
vai o primeiro texto.)

Problema: Ter uma casa e ser dona de casa! 
Aí surgiu o problema de ter para onde convidar aos familiares e amigos, incluindo a Avó R., a Avó M. e as duas emprestadas Avó D. e Avó Z. Sem contar com outras Avós que não são minhas, mas são Avós.
Mas,  a vida de adulta assim o exige.
O único problema é que a recente mudança de casa, não nos permite (eu e ele) ter número de bancos/cadeiras suficientes para sentar o vasto número de convidados.
Pois, só temos 6 bancos e 1 cadeira e só convidámos 17 pessoas para anos dele.
Mesmo sem perguntar à Avó, já sei que ela disponibiliza todos os seus bancos.
Mas, mesmo assim não dá.
Como a Avó sempre me educou para o desenrascanço. A melhor solução é dizer aos convidados que "cada um leva o seu banco".
Porque, já dizia a minha Avó "em desenrascar é que está o ganho".

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Avó e as preocupações

A minha Avó nasceu preocupada.
Imagem de link
Preocupa-se com tudo e com todos.
Mas, talvez isso não seja dela, talvez isso seja mania de Avó.
A mania das Avós estarem sempre preocupadas faz com que andem sempre de coração nas mãos.
Estão sempre em polvorosa.
Se alguém tem uma simples constipação, ficam em alerta.
Se alguém não está agasalhado o suficiente, na opinião da avó, tem logo que insistir em mais roupa e preocupar-se com as futuras gripes que possam ou não surgir.
Entre outras coisas, - como preocupar-se com a quantidade de comida que os netos comem - a Avó preocupa-se por causa do seu coração grande.
Já é comum apelidar as Avós de "preocupadas". Pois, a vontade de cuidar de toda a gente, preocupa-as demais.
Porque a vontade de tomar conta de nossa vida e ter medo que não corra tudo bem, leva as Avós a preocupar-se com seus netos, com seus filhos, com seus familiares.
As Avós são assim, e as minhas também :)


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Mais uma Avó

Hoje faz anos mais uma Avó minha.
Uma que não me deram, que escolhi.
A Avó emprestada.
Fazer anos é mais do que um passar do tempo, é um reviver de memórias, é uma nostalgia dos momentos que passaram, é uma comemoração.
Hoje foi dia de comemorar.
Comemorar a pessoa. Comemorar o tempo. Comemorar o ser Avó.
E a melhor forma de uma Avó comemorar é com os netos.
Esta "minha" Avó é a verdadeira Avó, no próprio sentido da palavra, porque os netos são o sol da sua vida.
Sempre atenta, preocupada, quase todos lhe passaram pela mão e cuida deles como ninguém.
Esta Avó que não é "totalmente" minha, também já me ensinou muita coisa, também já fez o seu papel de Avó comigo.
Esta Avó ensinou-me a querer ajudar mais, a querer fazer mais, a querer dar mais de mim a uma nova família. Talvez ela não saiba que me ensinou isso. Mas, o olhar, o falar, o perguntar levaram a interagir mais, a querer mais e no fundo a gostar mais.
Hoje sinto que faça parte da família como se dela tivesse feito sempre parte, hoje sinto que faço parte daquela Avó e como adoro Avós, gosto muito disso!
Parabéns!

domingo, 5 de outubro de 2014

Hoje é dia de festa em casa da Avó R.

Hoje é dia de festa em casa da Avó R.
É festa do padroeiro da aldeia.
Avó adora este dia. Junta a família próxima.
É almoço e jantar. Tudo se junta antes da hora de almoço e logo a seguir à refeição, uns ficam no convívio outros seguem para a missa.
Depois à hora do lanche aparecem os bolos enquanto se jogam às cartas.
A Avó conta como estava a festa.
Os mais novos apoderam-se da televisão.
O almoço têm sempre canja. Canja que a Avó faz como ninguém.
A galinha caseira, as pevides e na mesa umas gotas de limão.
Hoje, vão mais duas Avós do meu coração. A minha de direito e a que me acolheu como neta.
Hoje, está ainda outra Avó com muitos netos que a enchem de alegria.
Hoje, poderá passar lá por casa ainda outra Avó que está quase a ter mais um neto.
Hoje, a casa da minha Avó vai estar cheia de mães-duas-vezes, cheia de idade, cheia de coração-mole, cheia de sabedoria própria do sentido da palavra Avó.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ter Tempo

Se eu perguntar a avó como se faz para ter tempo, de certo ela me diria.
Talvez me dissesse que o tempo sendo um sábio enganador da passagem da vida não se consegue... conquista-se...
Tavez me contasse no tempo que geria entre trabalho e casa, talvez me lembrasse na magia do mesmo, talvez até me ensina a fazer render o meu tempo.
A idéia de que nunca temos tempo suficiente é um próprio engano da ampulheta que nós leva a seguir à regra o passar do dia.
A idéia de que nunca temos tempo é que nos condiciona a fazer ou não algo que desejamos.
Se se pudesse comprar tempo em pequenas caixas mágicas, estou certa que muitos o comprariam... Mas a magia dos momentos a passar não se pode parar.
Quem sabe a solução não será viver os segundos, quem sabe a solução não seja desligar a mente do hipotético temão, quem sabe...
Depois do tempo que não passei por aqui, depois dos meses, das horas, dos dias... nada mudou e tudo está diferente, mas a Avó no sentido geral do significado do que é ser Avó está na mesma e as minhas avós continuam a acompanhar e a dar as dicas de sempre :-)
Com tempo, espero ter voltado.
tempo