terça-feira, 15 de outubro de 2013

Já dizia a minha Avó "quem diz o que quer, ouve o que não quer"

Já dizia a minha Avó que não devemos dizer tudo o que queremos. 
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Já dizia a minha Avó que não devemos falar sem pensar.
A Avó dizia também que se dissermos o que queremos, podemos ouvir o que não queremos.
Falar sem ter tento na língua. 
Falar sem pensar.
Falar sem respeitar.
Falar o que queremos. 
Pode fazer-nos ouvir o que não queremos, diz a Avó.
A Avó acha que apesar das palavras não serem tudo, apesar do vento as levar, temos que ter cuidado com o que dizemos.
A Avó diz que as palavras também magoam. Que as palavras também nos fazem sentir mal. Que as palavras também chegam ao coração.
A Avó diz que quem fala sem pensar, se sujeita a ouvir palavras ásperas, frias, palavras que não quer ouvir.
"Quem diz o que quer" pode ser sincero, pode ser corajoso, mas pode dizer o que não devia - contou-me a Avó.
"Ouve o que não quer" pode ouvir palavras doces, mas também pode ouvir palavras menos boas ou pode ouvir o que não queria - contou-me também.
Contava-me a Avó que muitas pessoas se zangam por palavras, que muitos se ficam a odiar, que muitos levam as palavras a peito.
Contava-me, a Avó, que muitas pessoas se gostam por palavras, se amam, que muitos precisam de ouvir para perceber o Amor, o Carinho, a Amizade.
Dizia ainda, a Avó, que muitas vezes já ouviu o que não queria. E por isso aprendendo a não dizer o que queria, a pensar antes de falar, a tentar pensar no outro. 
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Contudo, dizia a Avó, já ouviu palavras belas, que fazem bem, que fazem florir.
A Avó nasceu para ser conselheira. Nasceu para explicar a vida aos seus netos. A Avó, todas as Avós, nasceram para nos fazerem melhores, melhores falantes, melhores ouvintes.
"Neta", dizia a minha Avó. Ensinando-me a falar o que penso, mas a pensar o que falo.
Ensinando-me a aprender a ouvir o que não quero ouvir. E a ter cuidado com o que não quero falar.

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