terça-feira, 8 de novembro de 2016

Telefonemas da Avó

Os telefonemas da Avó são sempre atenciosos. Liga para saber de mim, do bisneto, do marido e até dos gatinhos.
A Avó gosta de falar, perguntar o que vou jantar, o que estava a fazer, se dormi bem, como estou, se o menino está bem, etc. etc.
Conta-me o que vai fazer, o que vai jantar, o que está a pensar e como passou o dia
Às vezes, comentamos as notícias, o tempo, as vidas, a cidade, tudo. Às vezes, paramos para pensar, outras falamos sem parar.
Em alguns momentos já nos cansamos de estar a segurar o telefone. Em outros queremos falar muito mais tempo.
Os telefonemas da Avó são assim sempre atenciosos, sempre preciosos, sempre momentos de confidencias.
Amanhã ligo eu!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Já dizia a minha Avó "depressa e bem não há quem"

A minha Avó sempre me ensinou a ir com calma, a ter paciência, a saber esperar. Nem sempre é fácil. Às vezes só quero que os dias passem e estou sempre a "pôr a carroça à frente dos bois". Às vezes conto os minutos para ser noite, para deitar, para tudo passar.
Outras vezes, espero ter mais tempo, pará-lo até, espero que aquele segundo se torne num dia, numa semana, numa hora.
A ideia de apressar as coisas nunca agradou à Avó, pois sempre me disse "depressa e bem não há quem" e todas aquelas vezes que queria ajudá-la a correr, ou, como hoje em dia, passo lá em casa só para dizer "olá" a Avó quer sempre que tenha tempo. Tempo para fazer tudo melhor, tempo para uma conversa e, claro, tempo para comer qualquer coisita.
A Avó tem tempo. Para mim, para os netos, para o bisneto, para todos. E o tempo da Avó é cheio de carinho, de atenção, de conselhos, de mimos. É um tempo precioso, é um tempo que sabe a pouco.