sábado, 31 de agosto de 2013

Acreditar que querer é poder

"Força" - disse a Avó.
"Tens de ter fé" - disse a Avó.
"Vais conseguir" - diz a Avó.
A Avó luta todos os dias. A Avó luta por ela. A Avó luta pela família dela. A Avó luta pelo Neto.
Avó que é Avó tem "Lutadora" como nome do meio.
A Avó tem Esperança. A Avó tem esperança que tudo fique melhor.
A Avó tem esperança que os netos consigam aquilo que mais desejam. E acredita nisso. Tem fé nisso.
Sentimento esse que por vezes é difícil de manter. Sentimento que por vezes cria desilusão, mágoa.
Sentimento que nem sempre é sentido.
"Acreditar que querer é poder" é mais que depositar confiança em algo, é mais que ter esperança, é dar as mãos ao incerto.
Acreditar é pôr a razão de lado. Acreditar é sentir o coração bater mais forte. 
É ter ânsia. É sonhar. É fantasiar um outro mundo, outra cor, outra vida, outra ideia.
Acreditar é dar um salto, um passo a frente. E por vezes, a única forma de andar para frente, de mudar de vida é Acreditar.
E a Avó acredita. Acredita na vida. Acredita nos netos. Acredita na beleza.
E eu acredito. Acredito na vida. Acredito na beleza. Acredito na bondade. Acredito nas pessoas.

Acredito na Avó. 
Acredito nos seus ensinamentos.
E relembro-me da canção da esperança que a Avó me cantava de pequenina:

"Uma gaivota voava, voava, 
assas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar."



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Já dizia a minha Avó "se a palavra é prata, o silêncio é ouro"

Às vezes, falar não basta.

Às vezes, dizer não chega.
A palavra não diz tudo. E, por vezes, falar não é a melhor escolha. 
A Avó sempre me disse que "se a palavra é prata, o silêncio é ouro". Porque, a palavra falada nem sempre é mais sentida, a mais adequada.
O silêncio é muito mais de um momento sem som, sem ruído. O silêncio é muito mais que um mar de ondas sonoras.
O silêncio é uma mensagem. E a mensagem do silêncio é a mais acertada.
A mensagem do silêncio pode ser um olhar vago, pode ser uma triste amargura.
A mensagem do silêncio pode ser um brilho de alegria, um momento de euforia.
A mensagem do silêncio é a mensagem do sentimento. 
Como diz a Avó, "não é preciso dizeres nada", porque a Avó percebe. Até porque a Avó nasceu a interpretar o silêncio e a tirar partido dos momentos sem som.
A Avó aprendeu a ver no olhar e a acreditar que "os olhos são o espelho da alma". 
A Avó só sabe dizer uma palavra - a acertada!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ter os pés assentes na Terra

Já dizia a minha Avó que "tens de ter os pés bens assentes na Terra". Dizia e ainda diz.
A Avó ensinou-me que o melhor do mundo e sentir o calor da terra nos pés. 
A Avó gosta de andar descalça. 
A Avó ensinou-me a andar descalça. A queimar os pés na terra. A molhar os pés na terra. A sentir a erva a nascer na terra. A sentir a terra a sair debaixo dos pés.
Ela disse-me que a terra me ia queimar muita vez os pés, mas que tinha de os ter assentes e enfrentar os problemas.
Ela disse-me que a terra me ia molhar os pés com lágrimas, mas que sol ia raiar e secá-las.
Ela disse-me que ia sentir relva a nascer e que devia regá-la para crescer e ser feliz.
Também me disse que o vento podia vir com força e partir tudo, mas que com os pés assentes na terra, eu não iria cair.
Também me disse que o vento podia trazer uma brisa fresca e alegre de primavera, e que com os pés assentes na terra iria ser mais feliz.
Já dizia a minha Avó "não andes com a cabeça na Lua". Dizia e ainda diz.
Porque a Avó olha a Lua e admira-lhe a beleza. 
Mas, a Avó vê a Lua tão longe e não a sente.
Porque a Avó gosta é de andar descalça. Andar descalça na terra. Andar descalça e olhar: a terra seca, molhada, florida.

Imagem de http://cb-fotografia.blogspot.pt/2011/06/e-que-tal-ter-os-pes-bem-assentes-na.html

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Quem sabe, Sabe! E a Avó é que Sabe.

"Quem sabe, Sabe! E a Avó é que Sabe.", é uma expressão que muitos de nós costumamos usar.
Os anos da Avó além de lhe darem ternura, carinho, paciência, deram-lhe muita sabedoria. A Avó além dos vastos conselhos e da vasta sabedoria que tem ligada aos sentimentos e ao sentido da vida, também sabe dicas práticas.

A primeira dica da Avó está relacionada com as lides doméstica:

  • Ora a Avó diz que para uma peça de roupa não largar tinta o melhor é colocar um punhado de sal quando se lave a peça a mão.

A segunda dica da Avó é sobre a sua especialidade "comida":

  • Desde que sou "dona de casa" que congelo os legumes, tal como a Avó faz. Mas, tinha um problema quando os ia preparar, porque descongelava-os. E ficavam sempre estranhos, encolhidos e sem-sabor. Até que, Contei a Avó!A Avó disse-me logo que não os podia descongelar, mas sim colocá-los congelados em água a ferver. 


Já dizia a minha avó "quem semeia ventos, colhe tempestades"

Imagem retirada de link
"Quem semeia ventos, colhe tempestades".
É um ditado antigo que a Avó gosta de utilizar.
É um ditado antigo que significa que quem cria problemas ou algo mau, acaba por recebê-lo em troca.
É um ditado antigo que está relacionado com o Karma.
Karma é uma ideologia que significa que as nossa acções "voltam" para nós no futuro. Ou seja, que todas as nossas acções têm reacções.
Já dizia a minha avó que "se fizeres o bem, terás o bem e se fizeres o mal, terás o mal".
As Avós acreditam que as boas pessoas acabam sempre por ter algo bom na vida. E, se a Avó acredita, eu também acredito um pouco (afinal a Avó é sábia).
As Avós acreditam que as más pessoas terão algo de mau, nem que seja a solidão.
As Avós dizem que mesmo que Sol não brilhe, que as nuvens estejam cinzentas, e que os pássaros não cantem, "quem é de bem, terá o bem".
E mesmo quando o Sol não brilha e as nuvens estão negras, e os pássaros não cantam, a Avó Acredita.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Já dizia a minha "a pensar morreu um burro"

Pensar. 
A Avó diz muitas vezes que "a pensar morreu um burro". Querendo ela dizer que pensar de mais nada altera, que pensar de mais não melhora as coisas, que pensar de mais não pára o tempo, que pensar de mais não faz a tempestade ir embora.
A Avó diz muitas vezes que "quem muito pensa, pouco faz". Querendo dizer que quem mais pensa menos age, e que sem agir nada se resolve.
Pensar de mais pode levar ao engano, pode lembrar o amargo, pode apagar o doce, pode transformar o belo em feio, pode magoar.
Pensar de mais pode destruir as ideias boas.
Por vezes, até podemos ficar a preocupar-nos com o que não interessa ou a ver a vida pior do que ela é.
As avós também costumam dizer "isso são bichinhos da tua cabeça", tentando acalmar os nossos pensamentos negativos, desconfianças, falta de confiança, ideias sombrias ou medos.
As avós sabem. E as avós dizem "não penses demasiado".
O melhor é lembrar que "depois da tempestade vem a bonança".

O melhor é respirar fundo.



quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ditos da Avó: "eras boa para ir buscar a morte"

Os ditos da avó são mais que meros ditados, são mais que expressões, são ideias, são opiniões...
As Avós têm a sua forma de falar - com expressões antigas ou palavras menos bem ditas e incomuns -, uma espécie de código que pode ser associado a outras linguagens mais específicas como a dos economistas, dos jornalistas e dos cientistas.
As expressões que usam são por vezes tão complexas que nós não as entendemos à primeira. E quando se juntam duas avós ou a avó com as vizinhas ficamos a ouvir na tentativa de descodificar.
Imagem retirada de http://myg3.blogs.sapo.pt/5721.html
Uma das minhas avós costuma dizer a expressão "eras boa para ir buscar a morte". Ora o "eras boa para ir buscar a morte" significa que a pessoa a quem se refere a frase é tão preguiçosa que era boa para ir buscar a morte, porque com o tempo que demora a fazer o que quer que seja a morte nunca mais chegava.
A Avó dizia "faz isto" e voltava a dizer e eu não ia logo e eis que surgia a sua frase mítica, que me ponha logo a mil à hora. 
Se a Avó o dizia era porque já estava a "perder a paciência" ou então porque eu era mesma lenta :)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

No meu tempo não era nada assim (parte 2)

"No meu tempo não era nada assim" é uma expressão utilizada por a Avó para descrever inúmeras coisas.
Já falamos sobre os "namoros" e sobre a "fartura" (no sentido de bens materiais), mas a Avó usa e abusa da expressão para falar das mudanças do tempo.
No tempo da Avó muitas coisas eram diferentes: as pessoas, as ideias, os bens materiais, os ricos, os pobres, as comidas, as casas, as pedras da calçada, o labor, o suor.
No tempo da Avó a infância não era infância e a juventude passava a correr.
No tempo das Avós não era mesmo nada assim.
A panóplia de diferenças entre os tempos é muita vasta. A minha Avó fala muito da "roupa de domingo" que era a melhor roupa que tinha, que usava só nos domingos quando ia a missa.
A minha Avó também diz "no meu tempo não havia essas festas" e conta-me a sorrir as aventuras dos bailaricos. Conta quando teve de "correr" de baile em baile para que os pais pensassem que estava na festa que queriam e não na outra que ela queria ir.

Imagem retirada de http://perguntasparvas.blogs.sapo.pt/350844.html
O olhar das Avós a relembrar outros tempos é mágico que, por mais vezes que nos contem a mesma história, nós sorrimos e escutamos com atenção.
Apesar de imaginar o que diz Avó, os desenhos mentais que faço nunca se aproximaram do que se vivia na altura. 
Mas, continuo a olhar as fotografias a preto e branco e a imaginar as cores que tinha o antigamente.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Já dizia a minha avó "tens de ter paciência"

A Avó ensinou-me que a paciência é uma grande virtude.
A Avó ensinou-me que quem espera sempre alcança.
Num cenário de crise identitária, económica, moral e social é difícil compreender essas palavras. Muitas das vezes até as substituo pela expressão "quem espera desespera".
Mas, a voz da avó a dizer "tens de ter paciência" acalma. Relembra as vezes que queria ir a algum lado, que queria lanchar, que queria desatar a correr, que queria brincar. Relembra todas essas vezes em que a Avó tinha razão e em que esperei.
E isso dá esperança - que a Avó diz "que é a última a morrer" -, dá alento e calmaria porque foi a Avó que disse.
"A Paciência não é a habilidade de esperar, mas a habilidade de manter uma boa atitude enquanto se espera" (Autor desconhecido) e por isso eu Sorrio e a Avó também.

Imagem retirada de http://www.frasesparaface.com.br/frases-vida/

domingo, 18 de agosto de 2013

O que a Avó me ensinou sobre o Amor

Desde que me lembro, o Amor sempre foi o sentimento mais forte entre mim e as Avós.
A ternura, a amizade, a cumplicidade e o carinho de avó, que as minhas Avós sempre me deram foram a melhor forma de eu percebo o que é Amar.
A Avó ensinou-me que Amar é mais que dar e receber. É mais que um sentimento, é mais que um contentamento.
A Avó ensinou-me que quem feio ama, bonito lhe parece. Porque Amar é ver para além do que se vê, Amar é saber de cor.
A Avó ensinou-me que por Amor se faz tudo. Porque o Amor é dar tudo, fazer tudo, é tudo.
A Avó ensinou-me que o Amor se vê no olhar. Porque os olhos são o espelho da alma e o Amor enche a alma.
Imagem em link
Eu aprendi que o Amor verdadeiro é a Magia mais poderosa de todas. Que o Amor verdadeiro é mais forte que mil marés, que milhares de ventos, que dezenas de tormentos. Que o Amor é a força das forças.
Eu aprendi que Amor é olhar nos olhos da Avó e ver o seu brilho quando falam de nós e para nós.
Eu aprendi que o Amor é o Sorriso da Avó quando chegamos e o Sorriso da Avó quando partimos. 
Porque a Avó para nós sorri Sempre, e esse sorriso é Amor puro, Amor simples, é Amor!


Brinde a Nós, Brinde aos Avós

"Brinde a nós,
Brinde aos avós.
Que se houver céu não estão lá sós.
Brinde a vós,
E já sem voz.
Brinde a quem aí vier."

É com este refrão da "Dança de Balcão" dos Virgem Suta que quero homenagear aos Avós.
E é com ele que quero homenagear uma das minha Avós que completa hoje mais um ano de vida :)
Muitos Parabéns Avó!


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Já dizia a minha avó "tenho um remédio bom para isso"

Como sabemos as Avós têm milhares de habilidades e saberes,  uma delas é a aptidão para Medicina.
É que além do variadíssimo conhecimento de doenças, sintomas e maleitas, também dominam a cura.
Sim, porque Avó que é Avó sabe e até tem remédios especiais para curar qualquer coisa.
Desses remédios fazem parte chás de vários tipos, como:

  • Chá de Cidreira: que é bom para a indisposição, para as dores de estômago, e até para as dores de cabeça;
    Imagem retirada de http://fazendaformosa.blogspot.pt
  • Chá de Camomila: usado frequentemente como calmante;
  • Chá de folhas de Oliveira: que serve para baixar a tensão.

Além disso, as Avós têm outro tipo de remédios específicos para algumas doenças. Por exemplo, para a dor de garganta o melhor é beber um leite quente com mel antes de ir dormir ou então misturar também whisky ou até beber água-ardente; e para a tosse o melhor é um xarope de cenoura feito de um dia para o outro com açúcar amarelo.
E depois ainda temos a canja é rainha nas curas, porque faz a quase tudo.
A verdade é que quase todos resultam ou ajudam na cura. 
A verdade é que são saberes que vão passando de geração em geração e fazem parte do que somos :)

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Já dizia a minha avó "estuda e trabalha para puderes ser alguém".

Já dizia a minha avó "estuda e trabalha para puderes ser alguém". Já dizia a minha avó "aplica-te para teres um futuro melhor". Já dizia que a minha avó "estuda não faças como o A, B ou C".
E a minha avó disse e eu cresci com essa ideia na cabeça. E outras avós disseram e outros netos cresceram com essa ideia na cabeça. E?
Cá estamos. Conseguimos.
Aprendemos. 
E agora?
Agora esperamos sentados ou arriscamos outra coisa. Agora esperamos que o crescimento do PIB nos safe, que a troika seja boazinha, que o governo caía, que a crise passe, que a vida mude.
Agora esperamos que haja solução.
Agora "temos que ter paciência".
Agora trabalhamos noutra coisa - Ah, espera! Temos habilitações a mais.
Agora emigramos - Ah, espera! Não temos dinheiro.
E cá estamos. Conseguimos.
Esforçamos-nos.
Agora somos a "juventude perdida". Agora somos a juventude condenada, frustrada e revoltada.
Agora estamos a lutar.
Agora estamos a "gozar" a vida.
Agora estamos na crise.
Pois!
As avós disseram e não ouvimos. E erraram em querer um futuro melhor para nós? Não.
Quem errou foi quem nos deu (a nós Portugueses) a grave crise de mentalidades e de memória de que sofremos. 
É que, se por um lado, muitos de nós enfrentamos uma crise de mentalidade, pois achamos que somos inferiores aos outros países, que somos menos desenvolvidos, que não temos nada, que somos menores e inferiores, que nada do que temos é bom.
Por outro lado, a perda de memória é um grande berbicacho. A perda de memória política podia até ser comparada à mudança de ideias que se denota entre os discursos fantásticos de campanha eleitoral e os discursos assustadores de governação. 
Enfim.
Já dizia a minha avó "estuda e trabalha para puderes ser alguém". Já diz a minha avó "tudo se vai resolver".
E apesar de o futuro não nos sorrir. A avó sorri e onde quer que vá gaba o seu neto. Derrete-se em orgulho a dizer que o neto é o melhor. E acredita nisso.
Avós obrigada. Obrigada pela força de vontade. Obrigada pelo pensamento positivos. Obrigada pela sabedoria.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Conhecer toda a gente

Conhecer toda a gente é uma das muitas habilidades da avó. 
A avó conhece este mundo e o outro. Conhece o senhor do café, conhece o senhor do banco, conhece o pai e a mãe do senhor do banco, conhece a neta da senhora professora, conhece...
O conhecer pessoas é realmente uma skill e um berbicacho. 
Se, por um lado, pode ter um tratamento personalizado num serviço, uma conversa agradável, uma risota fácil e um recordar de velhos tempos quando encontra alguém conhecido. Por outro lado, tem de dizer "bom dia" vezes sem conta, tem de parar para dois dedos de conversa, tem de perguntar pela família, tem de falar de doenças, e tem de demooooooooooooorar.
Demorar, não é bem um problema. Demorar até pode ser bom. Mas, demorar com a neta a espera nem sempre é agradável.
Se bem que, o principal problema que eu tenho porque a avó conhece toda a gente é quando a avó me quer falar sobre alguém. A conversa começa sempre assim:
- "Sabes o X?"
- "Não."
- "Sabes, sabes. O filho do Sr. Y, que casou com a irmã do pai da Z, e tem uma casa lá em cima ao pé da casa do U?"
- "Não."
- "Ai! Então não sabes aquele senhor que tem óculos e costuma perguntar sempre pelo teu avô? Aquele que tem dois netinhos pequeninos?"
- "Ah! já sei."
- "Pronto. É o filho".
E depois a avó conta a história, ou o que aconteceu ao filho do Sr. Y, cujo pai tem óculos e pergunta sempre pelo meu avô e que se casou com a irmã do pai da Z, que até tem uma casa lá em cima, MAS que eu não faço a mínima ideia quem é!!!
Conhecer toda a gente é realmente uma habilidade da avó.

domingo, 11 de agosto de 2013

Já dizia a minha avó "está um sol que mata"

Desde pequenina que a minha avó me avisa para ter cuidado com o sol.
Frases como "sai do sol", "olha que te constipas", "este sol faz mal à cabeça" - são e sempre foram ditas e repetidas.
Pois bem, hoje chego a praia, - primeira vez do ano - olho para o céu e sol nem vê-lo. Estava o verdadeiro "Sol que Mata".
Passo a explicar: já dizia a minha avó que quando está encoberto, está um sol que mata, ou seja é o sol que, de acordo com as fontes da minha avó, faz muuuuuiiiito pior a saúde.
Como diz a minha avó o melhor é mesmo sair do sol  :)


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

No meu tempo não era nada assim

O primeiro dito da minha avó - vá das avós - não podia deixar de ser o "no meu tempo não era nada assim".
Este dito popular e conhecido por quase todas as avós, pelo menos as que tenho conhecimento, tem uma imensidade de utilizações. Ora pode ser expressado para falar de problemas do dia-a-dia, de políticas, dos jovens, da educação, da religião, etc.

Escolhi então as utilizações mais comuns da minha avó:
- "No meu tempo os namoros não eram assim": a minha avó não se esquece de falar dos namoros "de agora", os chamados por ela de "namoricos", que nada têm a ver com os namoros da idade dela. Como diz, antigamente, os namoros eram à janela, com alguém a ver, não havia contactos, e era para Casar.

- "No meu tempo não havia esta fartura": a minha avó fala que quando era mais nova e como não tinha possibilidades, não tinha por exemplo: a quantidade de roupa que agora temos; a diversidade de comida; etc.

A minha avó não se esquece de me contar como era no tempo dela. Não se esquece de relembrar as coisas boas, as coisas más, a dureza, a alegria, a nostalgia e a magia do passado.

Já dizia a minha avó...

O "Já dizia a minha avó" é um blogue de uma jovem neta que sobretudo gosto das avós (e de avós) e de escrever.
Surge pela "necessidade" de escrever, de partilhar ideias, opiniões, conselhos, e ditos.
Aqui, vou falar do que dizem as avós - principalmente as minhas -, da mudança dos tempos, do dia-a-dia, da memória, da vivência.
Aqui, vou tentar "dar" um pouco da sabedoria das minhas avós, daquilo que me ensinam, das suas experiências e das suas razões.
Espero transmitir a beleza da palavra Avó.