sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Dia A: passados com os Avôs

Hoje foi um dia de Avós, dia A.
Depois de almoço recebi um telefonema da Avó M, perguntando como estava. Logo lhe disse que estava livre para ela.
Fomos tomar café.
Cafés como os nossos não são de dois minutos. São de uma hora e um quarto.
Cafés como os nossos não são só feitos de cafeína. São feitos de conversa, conselhos, confidências.
Hoje falámos de religião, política, economias e claro coisas pessoais.
Seguiu-se ir a casa dos Avôs R. e J. onde fui trocar de carro com o avó, que tinha levado o meu à inspecção.
Ir a casa dos Avós é sempre mais de dois dedos de conversa. Depois de quarta e quinta a ir ter com os Avós, hoje falámos de carros (paixão do Avó) e fomos felicitar/conversar uma Avó que teve agora outro neto.
Conversa puxa conversa e com os Avós é sempre difícil descolar do local.
A Avó quase que me convenceu a trazer qualquer coisa lá de casa, batatas ou cebolas ou... mas consegui convencê-la que não precisava.
Seguiu-se ir ter outra vez com a Avó M, Fomos ao supermercado para ela comprar umas coisitas (como diz a Avó).
Agora sentada no sofá penso e sorrio ao recordar momentos aparentemente banais que têm especiais valor. Têm o valor de ser momentos com os Avôs.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Já dizia a minha Avó "mãos frias, coração quente"


A minha Avó sempre disse que mãos frias era coração quente.

A julgar pelos ditos da Avó e caso seja verdade, o meu coração em constantemente em brasa.
Ter as mãos frias em tempos frios é uma constante realidade e o coração realmente anda sempre quentinho.
Com uma Avó que me ensina, motiva, dá conselhos.
Com uma Avó que se preocupa, dá produtos da horta, obriga a comer mais.
Com uma Avó que refila, ama, quer fazer mais.
Com uma Avó que manda, aconselha, conversa.
Com Avós assim é impossível ter um coração frio. Porque o amor que tenho por elas aquece e faz mais forte o meu coração.
Sem falar nas segundas mães, o segundo pai igualmente me enche o coração. O empenho, as cartadas, as jogatanas, as risadas, as maluqueiras, os arranjos, os consertos e tudo mais.
Os Avós alimentam, sem dúvida, o calor do meu coração.
E numa rubrica de Avós resta falar nas outras Avós, que não são minhas, mas pertence igualmente à minha família, ao meu coração.
Uma Avó em especial, que ontem acabou por ter mais um neto. Uma Avó seis estrelas que ama os seus netos incondicionalmente. Uma Avó cujo coração não enche, que com tanto amor que tem para dar suas mãos geladas devem estar.
As Avós e os Avós enchem o coração com o seu amor especial, o seu mel, o seu carinho mais doce que os doces, o seu jeito de ser. Mas, falando de coração não posso esquecer a mãe que o enche até mais não poder com a sua personalidade, miminhos, conselhos sábios, carinhos e principalmente com as nossas confidências e conversas especiais.
O coração aquece ainda com o amor do homem que me escolheu, do homem que me acompanha, ama, trata. Naquele que comigo forma um só.
Coração grande o meu que acolhe igualmente um irmão excelente e todos os outros familiares próximos ou afastados, mas que me dão tudo para me fazer mais feliz.
Sem esquecer aqueles que escolhi, os amigos. Aqueles com quem contarei sempre, aqueles que sempre poderão contar comigo, os verdadeiros, que sempre aqueceram o meu coração.
Já dizia a minha Avó "mãos frias, coração quente". Dizia ela e tinha razão. E espero que a parte "amor para sempre" também se confirme.

Já dizia a minha Avó "Em dia de São Martinho vai-se à adega e prova-se o vinho"

A minha Avó sempre disse que no dia de São Martinho "vai-se à adega e prova-se o vinho". 
E hoje como é dia de Martinho, comeu-se e provou-se em casa da Avó emprestada.
A Avó D. sempre gostou do popular santo, por ser o padroeiro de sua terra.
Sempre gostou do santo que ajudou o pobre, do santo que deu o que tinha, como reza a sua lenda.
Hoje jantou-se em sua casa como manda a tradição.
Comeram-se as maravilhosas castanhas, desta vez cozidas.
Celebrou-se a data e provou-se a água-pé, o abafado, a jeropiga. E o vinho também era novo.
Comemorou-se o santo da terra com as pessoas da terra, com a família.
As crianças em amena algazarra, brincaram, correram e saltaram.
Os adultos conversaram, partilharam histórias, comemoram castanhas e provaram o dito vinho.
No dia de São Martinho viveu o espírito de partilha que marca a lenda do popular santo.