domingo, 27 de outubro de 2013

Domingos com a (outra) Avó 2

Relembrando tempos passados. 
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Falando da Juventude.
Foi o Domingo com a Avó.
Contou que quando era mais nova decorava textos e textos na escola.
Contou que até a linha dos textos sabia.
Contou.
Relatou.
Sorriu.
Relembrou.
A Avó falou sobre o seu trabalho sempre com o orgulho da profissão espelhado no rosto.
A Avó falou sobre a felicidade.
A Avó hoje ensinou-me a relembrar, a ter as boas memórias sempre presentes.
Disse-me que gosta de ter tudo para recordar o que vivera.
A Avó mostrou-me que nós também somos as marcas que deixamos no passado.
Também somos as marcas que o passado nos deixou.
Também somos feitos de recordações, de memórias esquecidas. De conquistas perdidas, de derrotas e de vitórias alcançadas.
Também somos o conjunto dos momentos maus e bons que vivemos.
A Avó mostrou-me as marcas da história, que a história lhe deixou, que ela deixou à história.
A Avó mostrou-me que recordar também pode ser viver. Viver outros tempos, outras vontades, outras vidas.
Viver o dia em que fomos isto ou aquilo, em que fomos tristes ou felizes, em que gostámos ou não, em que algo ou alguém nos marcou.
E apesar de dizerem que o tempo cura tudo, o tempo não apaga a linha da vida, as pisadelas na terra, as marcas no rosto.
E as rugas da Avó são o tempo que passou. São as recordações. São o coração cheio de memórias. São a glória dos anos. 
As rugas da Avó são o presente da vida.
Hoje, domingo, a lição da Avó foi: Recordar.
E eu da Avó não me esqueço, nem me esquecerei.
E eu com a Avó aprendo e aprendi a Recordar, a Lembrar, a não esquercer.

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