domingo, 22 de setembro de 2013

Já dizia a minha Avó "Palavras, leva-as o vento"

"Palavras, leva-as o vento".
"Palavras", dizia a Avó. 
A Avó dizia que palavras são palavras. Que palavras dizem tudo. Que palavras dizem amor. Que palavras dizem carinho. Que palavras dizem ódio. Que palavras dizem.
A Avó dizia que palavras são palavras. Que palavras dizem tudo. Mas que as palavras passam.
As palavras podem correr e não voltar. As palavras vão.
A Avó diz que as palavras não bastam. Que as atitudes importam mais.
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A Avó diz que as palavras podem dizer tudo, mas que as atitudes dizem tudo. Que os gestos, o olhar, o amor que se demonstra, o que fazemos, diz o que queremos, o que queremos de alguém, o que sentimos.
A Avó já dizia que as palavras podem dizer muito.
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Porque se "para bom entendedor, meia palavra basta", como diz a Avó, não precisamos de dizer tudo para se entender o que queremos dizer.
Porque se "pela boca morre o peixe", dizia a Avó, temos de medir as palavras para não dizermos o que não devemos, para não dizermos algo que não nos comprometa ou não comprometa outros. 
Porque se falarmos sem pensar, podemos falar o que o cérebro não acha, o que o coração não sente e o que o corpo não quer.
A Avó já dizia que as palavras não ficam. Não param. Não permanecem.
A Avó já dizia que as palavras são menores que as acções, que as atitudes, que a personalidade.
A Avó já dizia que as palavras não mostram a alma.
"Palavras, leva-as o vento".
"Palavras", dizia a Avó. 
E Avó diz que ama os netos não com palavras. Não com poemas. Não com cantigas. 
A Avó diz que ama com atitudes. Cuida com gestos. Trata com carinhos. Apoia com abraços.

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