quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Os cafés com a Avó

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A Avó gosta de café médio. 
Gosta de por açúcar, mas houve tempos em que bebia o café sem nada, houve tempos em que usava adoçante.
A Avó gosta de cafés que demoram.
Gosta de conversar no café, comentar o momento, falar do dia-a-dia.
Nos nossos cafés tudo é conversa, tudo é alegria.
Falamos no café.
Olhamos as pessoas. E falamos mais um pouco.
Lemos o jornal ou revista que estiver ao lado. E falamos sobre isso.
Contamos o que vamos fazer a seguir.
Contamos o que já fizemos.
Falamos nos aniversários, nas festas, nos dias importantes.
E também discutimos política.
Pensamos sobre a economia.
Ou sobre a religião.
Falamos sobre onde precisamos de ir.
Falamos sobre a família.
E também olhamos à volta.
Vemos a chuva e discutimos o estado do tempo.
Vemos o sol e comentamos o dia agradável que está. 
Colocamos o açúcar.
Mexemos o café.
Falamos.
Aquecemos as maõs.
A Avó toma o café. E eu espero que arrefeça.
E depois continuamos na conversa.
Às vezes temos pressa e vamos logo embora, mas a Avó não gosta.
A Avó gosta  dos cafés que levam a conversas animadas, a conversas sérias, a momentos bons, a risos e a segredos.
A Avó gosta de conviver.
A Avó gosta de ser minha amiga.
E os nossos cafés são cafés de amigas. Em que tudo falamos.
Em que o tempo parece não passar, mas voa.
Os cafés com a Avó são mais que cafés são poesia.

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