quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Já dizia a minha Avó "dos fracos não reza a história"

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A Avó dizia-me "tem cuidado para não caíres" e eu corria mais. 
A Avó dizia-me "cuidado que te aleijas" e eu continuava.
A Avó dizia-me "não metas aí a mão que está quente" e eu metia.
Quando caía, mandava-me levantar.
Quando me aleijava, dizia para não chorar.
Quando me queimava, deixava a água curar.
A Avó sabia que eu me ia aguentar. Sabia que tinha de aprender a errar. Sabia que não ia sempre estar ao pé de mim para me ajudar.
Sabia que tinha de ser forte!
Um dia, depois de cair ou tropeçar, a Avó limpou-me às lágrimas, pediu-me para prestar atenção e disse-me "dos fracos não reza a história".
"Dos fracos não reza a história...", contava. E eu lembrava-me dos Reis, dos príncipes, do Hércules e do Tarzan, dos fortes. Lembrava-me das Avós que sempre lutaram (e lutam), lembrava-me dos Avôs. 
Então percebi que Avó me estava a querer dizer que tinha de ser Forte.
Podia cair, mas tinha de me levantar. Podia cair, mas tinha de continuar a andar.
Podia aleijar-me, mas tinhas de limpar as lágrimas. Podia aleijar-me, mas tinha de me queixar em silêncio.
Podia tudo correr mal, mas tinha de continuar a correr. Podia tudo correr mal, mas tinha a luta.
Podia perder a batalhar, mas tinha de ganhar a guerra.
A Avó disse que os fortes também têm medo, que os fortes também choram, que os fortes também franqueiam.
A Avó acha que os fortes podem ter coração mole, que podem ter dificuldade em dizer que "não", mas que conseguem.
A Avó acha que os fortes conseguem mover montanhas, conseguem escalar arranha-céus, conseguem estar feridos e ter um sorriso no rosto.
Avó é sinal de se ser forte e as Avós são as mais fortes.
Espero um dia ter a Força de uma Avó, das minhas Avós.

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